REFORMA RELIGIOSA EM PORTUGAL
António Costa Barata, 2002-11-01
A REFORMA RELIGIOSA EM PORTUGAL
Pr. António C. Barata
Neste artigo tenho a intenção de comunicar (a quem o ler, e porventura não saiba), de maneira resumida, quando na literatura portuguesa se começou a aludir a Lutero e seus ideais relacionados com a necessidade de uma Reforma Religiosa no Cristianismo.
O monge alemão e professor de teologia na Universidade de Vitemberga, na Alemanha, principiou a divulgar essas ideias através da publicação das suas famosas 95 teses, no dia 31 de Outubro de 1517, e não só.
Aproveito para historiar, sintética e cronologicamente, a implantação das primeiras Igrejas Evangélicas, estrangeiras e nacionais, em território português.
Quando se falava de Reforma Protestante, referia-se a tudo o que não era católico romano. Com o decorrer dos tempos, porém, várias Igrejas começaram a ter identidade própria, a saber, a Igreja Luterana, a Igreja Calvinista, a Igreja Anglicana, a Igreja Anabaptista, e assim por diante.
Os cristãos evangélicos em geral podem divergir na forma administrativa ou nos modos de cultuar a Deus, todavia possuem princípios comuns, como por exemplo: Jesus Cristo é o único e suficiente Salvador; só a Escritura Sagrada serve para gerar fé e guiar a vivência cristã, etc. É verdade existirem outras fontes que geram crenças e superstições, mas estas são diferentes da fé.
A mais antiga alusão que encontrei na literatura portuguesa, na qual se menciona o nome do Dr. Martinho Lutero, data de 29 de Agosto de 1520. A mesma consta num relatório enviado de Roma para Lisboa, da parte do representante de Portugal na Santa Sé, D. Diogo da Silva. No fim do documento lê-se: “Contra aquele frade de Alemanha Martym Luther, que la faz tantas reuoltas, fez aguora o papa humma bulla de que se ele muyto ry, segundo dizem: é esta humma cousa que tyra o somno porque todo aquele pouo pede concílio e reformação.”
Mais tarde outros escritos referiam-se à Reforma em geral, uns contra, como João de Barros, André e Garcia de Resende, Luís Vaz de Camões, etc., contudo houve também portugueses simpatizantes da Reforma Luterana, isto é, Gil Vicente, Damião de Góis, Diogo de Teive, Manuel Travassos.
Segundo o investigador Isaías da Rosa Pereira, o primeiro luterano em Portugal, e de nacionalidade portuguesa, seria de facto Manuel Travassos, bacharel em cânones pela Universidade de Coimbra, condenado pela Inquisição a 11 de Março de 1571. De acordo com o mesmo investigador, só depois deste caso é que se efectivou a prisão do célebre cronista Damião de Góis, o qual nunca se confessou luterano, apesar de conviver com Lutero e Melâncton, na Alemanha.
IGREJA REFORMADA DA HOLANDA
Não se sabe muito acerca da vida da primeira Igreja Evangélica de Lisboa, organizada em 1641, mas sabe-se que estava instalada numa dependência da Embaixada Holandesa, na capital do nosso país. Era formada por cidadãos de diversas nacionalidades e servida por ministros luteranos oriundos de nações de maioria luterana.
É possível que nela se reunissem anglicanos, luteranos e huguenotes. Depois do terramoto de 1755 perde-se o contacto com tal comunidade, porem em 1761 surge nova comunidade até hoje existente – a Igreja Alemã, sita na Av. Bordalo Pinheiro, em Lisboa. Essa Igreja, portanto, é a família reformada mais antiga em Portugal, com continuidade.
IGREJA EPISCOPAL ESPANHOLA
No ano de 1833 chega a Lisboa o cidadão espanhol, Dr. Vicente Gomez e Tojar, ex-sacerdote católico romano forçado a deixar o seu país, não só pelas ideias liberais que partilhava, como por convicções teológicas. Semelhantes convicções recebeu-as após dialogar com os evangélicos sinodais em Gibraltar.
Não se achando seguro ali, foi para Tânger. A seguir partiu rumo ao Brasil e à Inglaterra, e só depois fixou residência em Lisboa, por altura de 1833 onde, com o apoio da Sociedade Missionária Metodista de Londres e da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, faz colportagem e funda uma nova Igreja Evangélica, desta vez espanhola, pois que, por força da Lei, aos Portugueses era expressamente proibido aderir a outra fé que não à católica romana…
Decorria o ano de 1839, altura da sua inauguração, sobrevivendo esta Igreja Evangélica até 1870.
IGREJA PRESBITERIANA PORTUGUESA
As primeiras reuniões de oração celebradas por cristãos evangélicos, da família presbiteriana, em território nacional, ocorreram na cidade do Funchal, na Ilha da Madeira, dirigidas por James Halley.
Estava-se em 1837. Nesse ano dois outros acontecimentos importantes dão-se em Lisboa: a Colónia Britânica funda uma escola para os filhos dos seus súbditos socialmente menos favorecidos; a revista O Panorama, dirigida por Alexandre Herculano, insere uma bela apologia das Escolas Domingueiras, isto é, Escolas Dominicais. Recorde-se que só no ano de 1854 criar-se-ia a primeira Escola Dominical (também em inglês) no nosso país.
Em 12 de Outubro de 1838 desembarca no porto do Funchal, vindo da Escócia, o casal Kalley. O missionário e cirurgião Robert Reid Kalley e sua esposa iam à Madeira em busca de clima propício à saúde da senhora Kalley. Mas, ao contemplarem as necessidades dos madeirenses, resolveram ajudá-los.
Com o que era seu (e não de uma Missão Religiosa) abriram um pequeno hospital e algumas escolas em diversas localidades da Ilha. Isso revelou-se de tal ordem meritório que as próprias autoridades civis, no ano de 1842, prestaram homenagem pública ao Dr. Kalley.
Quando menos se esperava levantou-se uma grande perseguição religiosa contra o trabalho e a família Kalley. A oposição foi sempre piorando, de 1843 a 1846, a tal ponto que o casal Kalley (e muitos madeirenses que o apoiavam) viram-se forçados a deixar a Ilha da Madeira.
Algum tempo antes de 1846, outro ministro presbiteriano fora enviado para o Funchal, na pessoa de William H. Hewitson. Ele organizou a primeira Igreja Presbiteriana em território nacional, no ano de 1845. Foi organizada na clandestinidade, por certo pela nova tolerância das autoridades.
Na cidade de Lisboa, a primeira comunidade organizou-se posteriormente, aí por volta de 1866, sendo um dos seus ministros, nos primeiros tempos, Robert Stwart, da Igreja Presbiteriana Livre da Escócia. Esta Igreja existe ainda hoje, situada na Rua Tomás da Anunciação, 56, em Lisboa.
IGREJA METODISTA PORTUGUESA
Apesar de se efectuarem cultos metodistas nas minas do Palhal, Aveiro, desde o ano de 1854 sob a direcção do senhor Thomas Chegwin, e no Porto, à responsabilidade de James Cassels, em 1868, a Igreja apenas seria organizada, no ano de 1871, pelo ministro evangélico Robert Hawkey Moreton.
A Igreja Metodista comemorou o seu primeiro centenário no ano de 1971. O actual bispo é o Rev. José Sifredo Teixeira. Nos primórdios desta comunidade, o então jovem Alfredo Henriques da Silva foi não só uma bênção para a Igreja Metodista, como também para toda a obra evangélica em Portugal.
O Rev. Albert Aspey, responsável por esta Igreja entre 1954 e 1983, deixou uma magnífica obra sobre os metodistas no nosso país, livro que é uma fonte rica de informações sobre os valores pioneiros evangélicos em terra lusa. O título é: Por Este Caminho.
IGREJA EPISCOPAL ESPANHOLA
Com alguns dos antigos membros da Igreja Espanhola, fundada na Rua Nova de Almada, em Lisboa, pelo dirigente evangélico Gomez, e com novos aderentes, o ministro cristão Angel Herreros de Mora inaugura outra Igreja Episcopal Espanhola, na Praça das Flores, na capital.
Mais tarde, com base nos 39 artigos da Igreja Anglicana, organiza-se a Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica, no ano de 1878, com o auxílio do então capelão da Capelania Anglicana de Lisboa, Thomas Godfrey Pembroke Pope (1837-1902), que se encontrava na capitania portuguesa desde 1864. O primeiro Sínodo da Igreja Lusitana realizou-se no dia 8 de Março de 1880.
O primeiro bispo eleito português, da Igreja Lusitana foi o ministro evangélico Joaquim dos Santos Figueiredo.
Nos anais dessa Igreja constam grandes nomes da família evangélica portuguesa. Entre outros citam-se Santos Ferreira, Ferreira Fiandor, Luís Pereira, Eduardo Henriques Moreira, Daniel de Pina Cabral e António Ribeiro Jr. O senhor Fernando Luz Soares é o seu bispo diocesano.
IGREJA DOS IRMÃOS
A primeira comunidade dos Irmãos poder-se-á dizer que se iniciou com a cristã evangélica Helena Roughton (c. 1860), pelo facto de simpatizar com a eclesiologia do Dr. Robert Reid Kalley.
Após os dramáticos acontecimentos da Madeira, Kalley esteve em Beirute, aonde faleceu a esposa. Visitou entretanto as igrejas surgidas em várias partes da América do Norte, com crentes que haviam deixado a Ilha da Madeira posteriormente a 1846.
O Dr. Kalley acabou por fixar-se no Brasil, aonde fundou a Igreja que até hoje continua a ser uma bênção na evangelização em língua portuguesa.
Helena Roughton, imitando Kalley (e como já os anglicanos tinham feito), organizou uma escola primária para as crianças pobres, em São Sebastião da Pedreira – Lisboa. O caso chegou ao Parlamento de então, mas este, feitas as investigações, elogiou a obra e formulou votos no sentido de que outras obras do género se implantassem em território nacional.
Por volta de 1875 chega a Lisboa o engenheiro inglês George Macrow que, na altura, era um darbista convicto. Conversando com Helena Roughton, concluíram que seria bom convidar um dirigente cristão para tomar conta do trabalho em Lisboa.
Convidou-se o ministro ex-anglicano e sua esposa – Richard e Cathryn Holden – que de facto em 1877 fundariam a Igreja dos Irmãos na capital do país. Dessa Igreja saíram crentes que seriam usados por Deus na fundação de outras igrejas em Portugal.
Longa é a lista de portugueses e estrangeiros que militaram na dita comunidade. Relembro Stwart Manair e George Owens, em Coimbra e Aveiro; José Ilídio Freire e Guido Waldemar de Oliveira, em Stª Catarina e Praça das Amoreiras, em Lisboa.
IGREJAS CONGREGACIONAIS
No tocante às igrejas congregacionais, as mesmas começaram a ser implantadas no ano de 1879, em Lisboa, pelo ministro evangélico Manuel dos Santos Carvalho, em virtude de discordar dos sinodais. E como simpatizou com o método adoptado pelo Dr. Kalley, optou por ele, isto é, pelo sistema congregacional.
O seu primeiro trabalho surgiu na Calçada do Cascão, perto de Santa Apolónia, em Lisboa, no ano de 1879.
Nomes nobres desta denominação são, além de Manuel dos Santos Carvalho, José Augusto e Silva, José Marques Calado, etc. Por terem sido muito perseguidos é que cresceram bastante! Como reza o ditado: “Ideia perseguida, ideia seguida”.
Várias Igrejas Congregacionais organizaram-se no país. De facto, os Irmãos e os Congregacionais foram os que mais cresceram nos fins do século XIX e inícios do século XX.
IGREJAS BAPTISTAS
O historiador baptista Herlânder Felizardo afirma que a primeira Igreja Baptista em terra lusa foi organizada no ano de 1888. Sim, porque pouco tempo antes, as Igrejas Evangélicas que existiam no Porto (Metodista e Episcopal) não quiseram baptizar, pelo rito imersivo, duas filhas do comerciante inglês Joseph Charles Jones (1848-1929), o qual deslocou-se a Londres com as filhas, sendo ali baptizadas por imersão. Regressando da capital inglesa, começaram a reunir-se na cidade portuense prestando culto a Deus.
Para ajudar os membros baptistas, pelo menos dois ministros do evangelho estrangeiros vieram ao Porto, mas por pouco tempo. Por exemplo, Robert Reginald Young, de 1902 a 1905, sucedendo-o o ministro Jerónimo Teixeira de Sousa.
A Junta de Missões da Convenção Batista Brasileira envia, a Portugal, Zacarias Clay Taylor, missionário norte-americano da Junta de Richmonde, em 1908, e, com o fruto já existente, fundou a Igreja Baptista Portuguesa.
Jerónimo de Sousa foi substituído em 1911 por João Jorge de Oliveira (1883-1958). Depois é a altura da expansão do trabalho do Senhor. Eis alguns dos nomes dos primeiros tempos do ministério do pastor João J. de Oliveira: António Maurício (1893-1980), Arduíno Adolfo Correia (1865-1943) e tantos outros. Abriram igrejas em Viseu, Leiria, Tondela, etc.
IGREJAS DO NAZARENO
O pastor Francisco Xavier Ferreira, nazareno, conta-nos em 1972 como se iniciou a Igreja Evangélica do Nazareno, de índole pentecostal: “Data dos fins do ano de 1800 o começo da obra evangélica da Ilha Brava, porém só em 1901 se organizou a primeira Igreja de feição Pentecostal.” Foi o ministro evangélico cabo-verdiano João José Dias que, nos Estados Unidos, havia aceite a mensagem pentecostal.
Anos depois, a Igreja do Nazareno decidiu retirar, da sua denominação, o título Pentecostal.
Historicamente, pode dizer-se que os primeiros pentecostais portugueses existiram primeiro na Ilha Brava, no arquipélago de Cabo Verde.
Em 1914 deslocou-se aí o evangelista Sales que, em espaços públicos, realizou campanhas de evangelização com êxito. Nos anos 30 foram a Cabo Verde transmitir a Palavra de Deus, não apenas José Ilídio Freire como também Eduardo Henriques Moreira. Este ajudou muito a juventude a organizar uma biblioteca evangélica em Cabo Verde.
O ministro e fundador da Obra de Deus, João José Dias, trabalhou naquelas paragens de 1901 a 1936, ano em que, velho e doente, se reformou, sendo na altura substituído pelo casal D. Garnet e Rev. Everett D. Hward.
No continente português, só depois de 1973 se começaram a implantar estas igrejas, e são já diversas em Portugal.
IGREJAS ASSEMBLEIAS DE DEUS PENTECOSTAIS
Estamos em 1903. José Plácido da Costa (1869-1965) estava imigrado no Brasil desde 1901. Ele nasceu em Valezim, na Beira Alta. Conduzido a Jesus Cristo em 1903 pelo então colportor João Jorge de Oliveira, seria baptizado na Igreja Baptista nesse mesmo ano. Em 1907, José Plácido da Costa podia dizer: “Eu e a minha casa servimos ao Senhor!”
Em fins de 1910, Plácido, sua família e outros membros da Igreja Batista em Belém do Pará aderem à doutrina glossolálica, sendo excluídos em bloco. No ano de 1911 organizam a Missão da Fé Apostólica e, em 1918, com uma nova casa de oração, mudam o nome para Assembleia de Deus Pentecostal.
No mês de Abril de 1913, Plácido da Costa vem para Portugal com intenção de entregar a mensagem evangélica. Em Maio baptiza a primeira crente pentecostal em terra lusa. Em abono da verdade, quem celebrou o baptismo foi o evangelista Sales, o qual efectuaria uma campanha evangelística no ano de 1914, em Cabo Verde.
De 1913 a 1919, a Obra do Senhor não cresceu muito através da actividade de José Plácido da Costa.
No ano de 1919 faleceu sua filha única, e Plácido da Costa sente dever consagrar totalmente a sua vida à evangelização. Se bem o pensou, bem o realizou, ainda que por poucos anos.
João Jorge de Oliveira, ministro baptista, que no Brasil levara Plácido, a converter-se a Cristo, aceita agora a colaboração deste em Portugal. José Plácido da Costa fixa-se na cidade do Porto. Depois pastoreou a igreja baptista em Viseu, e no ano de 1922 achava-se em Tondela.
A Assembleia de Deus Pentecostal em Belém do Pará, no ano de 1921, enviou outro obreiro para Portugal, de nome José de Matos Caravela, o qual se encontrou com José Plácido, em Tondela, não gostando de ver o colega a trabalhar com quem não estava teologicamente de acordo.
Matos acaba por fundar a Assembleia de Deus Pentecostal em Tondela. Os irmãos baptistas opuseram-se fortemente a ele, e Matos acabaria por encerrar o trabalho e rumar, em 1924, para Portimão, no Algarve.
Plácido deixou os baptistas, regressou a Valezim e, durante uns anos, trabalhou nas suas courelas até que, em 1927, emigra outra vez para a América do Sul: viaja para a Argentina, depois para a Baía (no Brasil) e, por fim, chega a Belém do Pará. Aí é informado que já se inaugurara o trabalho pentecostal na cidade portuguesa do Porto por intermédio de Daniel Berg, um dos fundadores da Obra Pentecostal no país irmão.
Plácido da Costa voltou do Brasil em fins de 1934, indo para o Porto, a fim de cooperar com o sueco Daniel Berg (1894-1963) e Augusto Holguer Maustrtz Baeckstroem (1904-1964). Este sucedeu a Berg entre 1934 e 1939, mas desde 1935 que Plácido da Costa era o presidente da Junta Administrativa da Igreja, pois a Lei portuguesa não autorizava que um estrangeiro fosse o Presidente. José Plácido da Costa assumiu entretanto o pastorado que manteria até ao ano de 1954, altura em que se aposentou.
Lisboa viu a inauguração da sua primeira sede a 13 de Maio de 1934, com a celebração do primeiro serviço baptismal, cujos candidatos eram todos de Évora.
O missionário que organizou a Igreja de Lisboa foi o sueco Jack Hårdstedt (1895-1973). O seu sucessor era outrossim sueco, e chamava-se Samuel Nyström. A seguir veio Tage Ståhlberg (1902-1980) onde, pela mesma razão que aconteceu no Porto, o pastor Alfredo Rosendo Machado foi o primeiro presidente da Junta Administrativa. Também o missionário sueco, Eric Emgard deu muito da sua vida e da dos familiares à Obra do Senhor em Portugal.
Sem dúvida alguma que os servos de Deus Tage Ståhlberg e Alfredo Machado, apoiados por talentosos e dedicados jovens portugueses, fizeram prosperar a Obra do Senhor na grande Lisboa e, até, no país inteiro. Durval Correia, António Rodrigues da Silva, João Sequeira Hipólito são alguns deles.
Amadora teve a sua primeira casa de oração em 1942, aberta pelo Dr. Colin Monypenn Bowker e sua esposa Drª Margarida Bowker, que organizaram várias igrejas, como Mafra, Malveira, Buraca, Pontinha, etc. O casal Bowker foi pioneiro na Beira Baixa aonde estabeleceu trabalhos na Covilhã, Castelo Branco, Fundão, Quintãs e diversas outras localidades.
Coimbra foi o resultado de um reavivamento nas igrejas dos Irmãos, iniciado por um crente vindo do Brasil. Para consolidar o trabalho que ficou, deslocou-se a Coimbra, em 1963, o pastor José da Cunha Oliveira Pessoa. Depois dele, outros pregadores pentecostais deram ali a sua cooperação.
IGREJAS ACÇÃO BÍBLICA
O movimento denominado Acção Bíblica começou na Figueira da Foz, em resultado da acção do evangelista João de Oliveira Coelho. Ele era um dos congregacionais na Figueira da Foz que não aceitara o presbiterianismo, assumindo então a liderança de alguns trabalhos congregacionais do país.
João de Oliveira Coelho convida a Escola Bíblica de Genebra (Acção Bíblica) a enviar um obreiro para a Figueira da Foz, o que aconteceu em 1923. O ministro enviado foi Samuel Mathez. Outros nomes deste movimento evangélico são Pierre Dubois, Pierre Mathez e Robert Spichinger, etc.
Eis, em síntese, o início de cada uma destas Igrejas Evangélicas implantadas em Portugal desde o ano de 1641 a 1923.
António Costa Barata
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P.S. – Há outras igrejas evangélicas mais recentes que ainda não têm a sua história escrita.